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domingo, 8 de abril de 2018

Servidora do HRT recorre à justiça para encontrar autor de vídeo

Na última terça-feira (3/4), Francisca das Chagas teve sua imagem divulgada enquanto era acusada de registrar o ponto eletrônico no hospital e ir embora
Francisca das Chagas Alves Fabiano foi vítima de uma
uma Fake News(foto: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
Por Correio Braziliense - A servidora da Secretaria de Saúde acusada de fraudar o ponto eletrônico provou à pasta e ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) que trabalhou no dia em que foram registradas imagens dela batendo o ponto e indo embora. Agora, Francisca das Chagas Alves Fabiano pretende processar a pessoa que gravou e divulgou o vídeo nas redes sociais na última terça-feira (3/4).

A auxiliar de enfermagem estava trabalhando quando recebeu a notícia de que havia sido acusada nas redes sociais. Francisca conta que ficou em choque e sem acreditar. Ela alega que as acusações não procedem e já apresentou provas à direção do HRT. “Uma situação dessas a gente não pensa que vai acontecer. Na hora, fiquei chateada, com sensação de indignação. Não entendi o motivo e o porquê de fazerem isso. Eu acredito que foi um ato de covardia. Muita maldade o que fizeram comigo”, desabafa.

Nas imagens, Francisca é filmada entrando no hospital e indo para a máquina de registro do ponto eletrônico. Ela é seguida enquanto sai do hospital e se dirige para o estacionamento. A pessoa que fez as imagens acusa: “Deixou o carro lá fora encostado no estacionamento, vai bater o ponto eletrônico e vai embora”, diz a mulher no vídeo. 
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“Essa é uma acusação muito grave que sujou o meu nome. Eu provei que não fiz nada de errado. Estou me sentindo perseguida e humilhada. O meu nome está sujo por causa de uma pessoa sem caráter, que agiu de má-fé. Uma situação constrangedora”, conta a servidora, que explica que o hospital tem poucas vagas de estacionamento, por isso, muitos funcionários registram o ponto para depois procurar um local mais próximo para estacionar o carro. 

Francisca registrou boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), que está investigando o caso. “Eu já provei que não cometi nenhum crime. Agora, quero descobrir quem fez isso, porque é uma tremenda covardia.”

Em nota de esclarecimento, o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Sindate) confirmou que as acusações são falsas e que a servidora não cometeu ato ilícito. De acordo com a entidade de classe, após a divulgação do vídeo, a direção do sindicato entrou em contato com a chefia imediata da auxiliar de enfermagem e constatou que ela bateu o ponto e, em seguida, foi estacionar o carro para então iniciar as atividades. A supervisora apresentou registro das atividades desempenhadas por Francisca na data do ocorrido.
 
Também em nota, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) informou que “repudia o vídeo de caráter anônimo e covarde que expôs a funcionária sem qualquer chance de defesa”.

Crimes de internet

Apesar da ausência de uma legislação específica para crimes on-line, muitos atos podem ser enquadrados em dispositivos do Código Penal. Insultar a honra de alguém configura calúnia pelo artigo 138; como pena, detenção de seis meses a dois anos, e multa. Espalhar boatos eletrônicos sobre pessoas é difamação e, segundo o artigo 139, a pena varia de três meses a um ano, além de multa. Insultar alguém é enquadrado como injúria pelo artigo 140 do Código Penal. O acusado paga multa e a detenção é de um a seis meses. Compartilhar informações falsas na internet também é crime. 

Para denunciar um crime virtual é preciso o maior número de provas possíveis, imprimir as páginas, guardar o endereço dos sites e ir até uma delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência. 
 
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer 

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